terça-feira, 29 de março de 2011

Aquela velha canção

Aquela velha canção. Aquela que você ouvia anos atrás.É a mesma canção, mas agora diferente. São os mesmos acordes, mas ela está diferente. É a mesma letra, a mesma melodia, mas está diferente. E são os mesmos ouvidos que a captam, porém, diferentes.
Antes soava nova, soava a descoberta. Acompanhou os fatos que agora fazem parte apenas da memória. Foi companheira, e ainda o é até hoje. E, tal qual qualquer companheira, teve suas mudanças com o passar do tempo, pois as canções têm vida própria e sobrevivem a nós. Podem ser eternas, se assim quiserem. São seres atemporais, se assim permitirem.
Antes era a trilha do agora. Hoje é a trilha do outrora. Te arrasta a cada audição para aquele tempo, ouvindo, relembrando, revivendo, porém tudo apenas e tão somente na mente. O palco  para tudo aquilo agora é outro, e definitivamente.
Fatos, pessoas, lugares,brigas, reconciliações, amizades, inimizades, amores, desamores, aventuras e desventuras. Em algum momento ela esteve lá. E te traz de volta. E te arrebata pra lá. Mas não totalmente.
Aquela saudade, aquela nostalgia, aquela vontade de voltar e aquilo tudo não volta.Não voltará. Não de verdade.Tudo o que se tem são flashes, e é tudo o que terá. Nada mais.
E tudo isso no espaço de tempo de uma simples canção, que, só por isso, deixou de ser simples.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Eu e a felicidade

Felicidade plena, total e irrestrita é uma promessa. Algo que talvez nunca chegará totalmente - sempre faltará algo, sempre há  incompletude. E a busca acaba sendo incessante e às vezes extenuante.
Mais fácil buscar momentos felizes. Esses é que devem ser plenamente vividos - por serem tão momentâneos e fugidios, porém de simplicidade ímpar -  antes que a tristeza, os dissabores e o stress do dia -a -dia venham nos arrebatar. Até que outros momentos felizes nos arrebatem de volta.
E assim segue o ciclo...